Hospedaria Três Varinhas

A essa hora minhas irmãs Sakura, Yumi, Lanna e meu irmão Thrent já devem ter desembarcado em Foforks. Meus pais Akira e Thuy já foram para casa e eu fiquei hospedada numa hospedaria aqui na Bahia dos Prazeres. Estou bebendo um chocolate quente enterrada em minhas pantufas e com uma matéria para entregar para O Profeta Diário. O pior é que eu ainda nem comecei a escrever. Nem sei o que escrever!

Aquele tinha tudo para ser mais um dia comum para mim. Talvez não se lembram de mim. Sou Julia Devil, uma exímia auror, mas um lixo humano. Moro praticamente de favor na mansão Devil, mesmo sendo um membro legítmo. Certamente irão entender melhor o que se passa comigo quando virem o que me ocorreu anos atrás.

*Mansão Devil

14 de maio de 2009

　

Todos já haviam saído da enfermaria, com exceção da enfermeira Sandy Clawater. Eu já estava ótima fisicamente, mas eu tive dúvidas se estava do lado certo. Na minha família eram raras as excessões de traidores do sangue e mestiços, e essas exceções eram expulsas da árvore genealógica. Meus pais não falavam comigo e eu tinha sorte por não ter sido enxotada da mansão Devil.
Me levantei da cama, peguei minha varinha e disse a enfermeira:
-Vou para casa, caso perguntem por mim é claro. Não se preocupe comigo. Estou bem.
Ao dizer isso conjurei uma vassoura e fui voando para casa. Quando sobrevoava os terrenos da Foforks School pude ver a marca negra pairando próxima a torre mais alta do castelo. Sentir o ar fresco passar por meus cabelos era inebriante, me dava uma sensação de extase.
Cheguei em casa. Tudo estava escuro, então acendi a luz. Jamais comentei com meus colegas de trabalho que meus pais e que grande parte da famíla Devil era composta por comensais da morte, caso contrário, eu jamais teria sido admitida no quartel general dos aurores, um dos mais altos escalões do mundo bruxo. Além disso eu também trabalhava no departamento de mistérios do Ministério.
Me senti estranha. Entrei na sala de estar da mansão, coloquei a vassoura num canto, sentei-me no banco do piano de caldas da minha tia Elisabeta, o abri e comecei a tocar a primeira música que veio em minha mente. Era a marcha fúnebre. Depois, resolvi mudar para " I've the time of my life ". Foi bem mais reconfortante. De repente eu ouvi passos e parei de tocar. Fiquei em silêncio por um instante, mas os passos pararam também. Voltei a tocar.
Horas se passaram enqüanto eu tocavam minhas músicas preferidas no piano e eu já havia me decidido. Aquela era a melhor hora para mudar de lado e ficar ao lado da minha família, dos comensais, eu só não sabia como fazê-lo inda. Voltei a ouvir passos novamente, parei com o piano, mas desta vez os passos não paravam, então eu resolvi perguntar:
-É você, Escroto? Se for você seu elfo fedido de uma figa, eu juro que te mato!
-Não, não é o elfo. Por que chegou tão tarde? Seu trabalhinho miserável pelo menos te paga hora extra? Se fosse comensal como os outros membros de nossa família com certeza sua presença nessa mansão não seria tão irritante.
Ela caminhou em meu redor me analisando. Momentos depois desaparataram o Ministro da Magia Zdravko Yavor e uma Comensal da morte cujo nome era Hayden Dupuys. O ministro me encarou com o corpo de uma estudante que certamente pelas suas vestes pertencia a casa potter e deu o soco na parede. Em seguida também desaparataram as irmãs Lee. Ele jogou o corpo da garotinha no chão como se fosse um saco de guilendes.

-Eta presunto pesado, hein!!!!! -com certeza ela queria me irritar com aquilo, só para ter um motivo para me matar. A pergunta é: Comensal da Morte precisa de motivo para matar alguém?

-Zdravko??? O que houve? Você parece irritado com alguma coisa...

- Hayden, você sabe como somos leais ao Milorde, mas ao estar aqui, eu consigo me lembrar de Julia Devil, que ja foi uma comensal, e agora é uma Auror, traindo o poder do Milorde, como pode???? É como uma morte na família.... -ele falou aquilo tão abruptamente que parecia estar descarregando sua raiva por algo que não houvera o êxito esperado.

-Julia. Suba agora para o seu maldito quarto e não saia de lá até que eu mande. -aquilo para mim era como um golpe no estômago. Eu uma auror! Sendo tradada como criança numa casa cheia de comensais da morte.

　

　

　

Hospedaria Três Varinhas

Dias Atuais

16 de maio de 2016

　

Eu nunca tive tanta certeza de que lado ficar em toda a minha vida. Então, comecei a por em prática um plano criado juntamente com duas amigas minhas também aurores, Jéssica e Carla Frate. Elas tem uma irmã comensal da morte, a Victoire Frate. Uma desgraçada que fez da minha vida um inferno juntamente com a minha tia Sophie.

O nosso plano irá se chamar: Cavalo de Troia. E é por esse plano que nos encontramos aqui no cyber restorant da hospedaria Três Varinhas.